1. Qual é o enredo?
Quando você quer treinar ou está treinando para melhorar a sua saúde, é necessário conhecer, entre outros fatores, seu percentual de gordura em relação a sua massa corporal. Além disso, é imprescindível acompanhar a evolução das alterações das massas gorda e magra durante as diferentes fases do treinamento. Para isso, um profissional qualificado deve avaliar sua composição corporal.
2. Qual é o problema?
Geralmente nas academias e clínicas, a antropometria e a impedância bioelétrica (BIA) são as técnicas mais utilizadas para estimar a proporção de gordura corporal e de massa magra. No caso da BIA, alguns fatores devem ser rigorosamente controlados, como a qualidade do equipamento, o cumprimento de um protocolo prévio para garantir o estado de hidratação, e o acesso/inserção no aparelho de equações preditivas validadas para o perfil da pessoa que será avaliada. O problema é que na maioria das vezes, o avaliador não conhece a equação preditiva usada, ou seja, não sabe como o resultado de seu percentual de gordura foi produzido. Isso deixa uma lacuna que pode tornar o processo avaliativo duvidoso, e por consequência, compromete o planejamento do programa de treinamento.
3. Qual é o desfecho?
É que nós, pesquisadores da UFRN (Dr. Roberto F. da Costa, Kalina Masset, Dr. Breno Cabral e Dr. Paulo Dantas), junto com uma colaboradora da Universidade de Lisboa (Dra. Analiza Silva), desenvolvemos e validamos equações preditivas de massa gorda e magra por impedância bioelétrica para mulheres brasileiras de 20 a 59 anos, além de testar a validade de outras equações disponíveis. Isso significa que propomos e dispomos equações de boa qualidade para a população estudada e que contribuem para o melhor acompanhamento das variáveis envolvidas na prescrição do exercício físico.
Aproveito para parabenizar todos os autores e agradecer aos participantes, em especial, as voluntárias da pesquisa.
